Quem me conhece sabe o quanto amo viajar, conhecer lugares, pessoas, histórias e colecionar sorrisos. E desde a simples escolha do PARA ONDE IR até o CHEGAR LÁ eu honro cada sentimento que me aparece (seja ansiedade para que o dia chegue logo, ou extrema felicidade pelo novo que me espera).
O mais difícil na viagem não é IR!
O IR está carregado de expectativas sobre os novos encontros e as novas conexões com as pessoas que encontraremos.
O IR para mim significa seguir adiante, ir em frente, mudar do ponto A para o ponto B, EMPREENDER NA VIDA.
Por isso adoro ARRUMAR A MALA! Arrumar a mala, para mim, significa brincar de sentir previamente a emoção dos momentos que virão. Isso é mágico!
O difícil não é IR! O difícil é VOLTAR e DESFAZER AS MALAS! Desfazer as malas para mim dói!
Eu nunca gostei de desfazer as malas e sempre achei que era por preguiça de reorganizar as roupas. Sempre que podia eu pedia minha secretária para fazer isso por mim, doía menos.
Só que nas últimas viagens nem isso eu fazia mais, eu não permitia que minha mala fosse desfeita.
Um sentimento diferente estava surgindo e eu precisava conhecê-lo e entendê-lo.
Há 15 dias eu fui a Belo Horizonte para uma linda mentoria dos meus negócios com minha querida Paula Quintão e meus amigos Rico Oliveira e Sergio Braga e, de novo, ao voltar, minha mala ficou encostada em um canto do quarto sem ser mexida. Eu estava lutando para não encarar esse sentimento de frente.
Hoje eu resolvi encarar o sentimento que estava por trás disso tudo.
COMO DOEU abrir a mala, que MEDO senti de encarar o sentimento. Foi difícil ver que naquela mala tinha, além das roupas, cada lembrança dos momentos que eu havia vivido.
E a medida que fui tirando cada peça de roupa e cada objeto trazido eu fui entendendo que, o que mais DOÍA era a sensação de que mesmo tendo passado só 15 dias, os momentos felizes já faziam parte do meu PASSADO!
COMO DOEU VER A MALA VAZIA!
Eu entendi que o que doía não era desfazer a mala, mas encarar e saber que todos os momentos felizes um dia SE TORNARÃO PASSADO.
E foi a partir desse novo entendimento que eu pude ressignificar aquele vazio que eu sentia ao ver a mala desfeita. Era puro apego ao que passou, era medo de deixar ir momentos felizes.
E aquela mala vazia passou a ter um novo significado pra mim: Deixar vazio é muitas vezes necessário para dar a oportunidade de ser preenchido novamente.
DEIXAR IR é dar oportunidade para o novo chegar.
E eu me dei conta de que o outono está chegando e com ele a magia de DEIXAR AS FOLHAS CAÍREM para DAR CHANCE PARA UM NOVO FLORESCER.
É isso, eu precisava esperar o outono chegar para ter esse entendimento: É PRECISO DEIXAR AS LEMBRANÇAS OCUPAREM O ESPAÇO DELAS NO PASSADO!
Que venha o outono que está por vir.
QUE VENHAM NOVAS MALAS VAZIAS!
QUE VENHAM NOVAS VIAGENS!
QUE VENHAM NOVAS ALEGRIAS!
O que passou é importante, fica registrado na nossa história de vida! Mas é necessário escrever novos capítulos, senão o livro da vida não terá nenhum sentido!
Com carinho,
Cida Queiroga
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